Galo abre vantagem na decisão, mas cede empate ao América-MG no fim

galomonteirense | segunda-feira, maio 07, 2012 |

A torcida do Atlético-MG já cobrava a diretoria pedindo a contratação de reforços e hostilizava Richarlyson quando André abriu o placar contra o América-MG e transformou a bronca em festa nas arquibancadas do Independência. Mas o time alvinegro não conseguiu segurar a vantagem no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro e Bruno Meneghel assegurou o 1 a 1 no último minuto.

O Galo, que fez melhor campanha na primeira fase, continua mais próximo do título e depende de uma nova igualdade no domingo que vem, novamente no Independência, para erguer a taça do Estadual pela 41ª vez. Já o Coelho, que busca seu 16º troféu, sai com moral pelo gol no final e mais confiante para obter uma vitória simples.

As duas equipes estarão desfalcadas no próximo fim de semana: suspensos, o volante Dudu e o atacante André não poderão defender América e Atlético, respectivamente.

O jogo - América e Atlético, que não se enfrentavam no Independência desde 2002, presentearam os torcedores com muita disposição desde o apito inicial. Tanto que o primeiro tempo teve algumas jogadas de força excessiva e nada menos que seis cartões amarelos distribuídos pelo árbitro Francisco Carlos Nascimento, três para cada lado.

Cuca armou o Galo com três zagueiros (Réver, Lima e Rafael Marques) pela primeira vez em 2012, apostando na velocidade de Bernard, na técnica de Guilherme e na presença de área de André no setor ofensivo, sem um armador de ofício. O volante Serginho foi outra arma importante, principalmente quando se aproximava do lateral Marcos Rocha pela direita.

Apesar de não exercer grande pressão, o Atlético foi superior e mais perigoso na primeira etapa. O zagueiro Réver foi o responsável por levantar a torcida pela primeira vez, aos dez minutos, quando apareceu como atacante para sair cara a cara com Neneca após receber de Guilherme e exigir grande defesa do goleiro do Coelho.

Aos 25, Bernard assustou ao disparar chute colocado que quase acertou o ângulo direito do arqueiro, que voltou a aparecer aos 33 minutos, com linda defesa após cabeçada precisa de André, esta buscando o ângulo esquerdo. Do outro lado, Giovanni também apareceu bem quando preciso, aos 38, para espalmar chute de longe de Moisés.

No segundo tempo, as duas equipes demonstraram a mesma vontade, mas o critério da arbitragem foi diferente. Muito rigoroso na primeira metade do jogo, Francisco Carlos Nascimento nada fez quando André, já com cartão amarelo, chegou firme e atirou Bryan para o banco de reservas do estádio, aos sete minutos. Logo depois, o mesmo Bryan sofreu falta dura de Marcos Rocha, outro que foi perdoado pelo juiz.

Faltas à parte, o jogo se manteve aberto. Se Guilherme quase surpreendeu Neneca com um chute colocado, Giovanni precisou trabalhar para evitar que a falta cobrada com força por Rodrigo Heffner movimentasse o placar. Cuca não se satisfez e mudou o Galo em dose dupla aos 20 minutos: trocou um lateral por outro com Carlos César na vaga de Marcos Rocha e deu mais cadência ao meio-campo com Mancini no lugar de Bernard.

O Coelho voltou a assustar aos 22, mas Serginho surgiu em cima da linha para evitar um gol de cabeça de Rodrigo Heffner. Cinco minutos depois, Givanildo mexeu no ataque, com Bruno Meneghel na posição do apagado Alessandro. Não surtiu efeito e o Atlético cresceu.

Enquanto a torcida chiava nas arquibancadas, pedindo a contratação de reforços, os alvinegros retomavam o domínio da partida. Aos 33 minutos, Neneca saltou bonito para jogar para escanteio o chute de Mancini em cobrança de falta. Antes da batida do tiro de canto, Richarlyson saiu muito vaiado para a entrada de Dudu Cearense, mas a insatisfação seria abafada logo em seguida.

Mancini cobrou escanteio da direita e André apareceu sozinho e em posição legal na pequena área para completar para as redes após desvio de Réver no primeiro pau. O que era bronca virou festa atleticana. No América, o que era tranquilidade virou desespero.

Givanildo trocou Bryan e Rodriguinho por Pará e Romão e quase foi premiado aos 43 minutos. Em sua primeira participação no jogo, Romão recebeu cruzamento de Fábio Júnior e, livre na pequena área, sem o goleiro à frente, cabeceou para fora. O Coelho pressionou e, aos 48, não teve jeito: Fábio Júnior bateu cruzado após confusão na área e Bruno Meneghel só empurrou para as redes.

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