Raposa vence na virada, e assume a liderança do Grupo A3

galomonteirense | segunda-feira, julho 23, 2012 |


Campinense e Baraúnas fizeram um jogo corrido, de muita marcação, com expulsão de ídolo e que terminou sob forte tensão: Maxuel, atleta do Baraúnas, passou mal em campo, no fim da partida, sofreu convulsões e precisou sair do Estádio Amigão direto para um hospital de Campina Grande, deixando todos apreensivos. 

No placar, 2 a 1 para o Campinense, que agora é o líder do Grupo A3 da Série D do Campeonato Brasileiro. O Baraúnas, com a derrota, caiu para a terceira colocação.

O time potiguar saiu na frente, logo aos nove minutos do primeiro tempo, com Fabinho Cambalhota. A virada dos donos da casa só veio no segundo tempo, com Warley desencantando e Charles Vágner fazendo o segundo. Com a vitória, o Rubro-Negro chegou aos sete pontos e assumiu a ponta do Grupo A3. O segundo colocado é o Horizonte, que empatou fora de casa com o Petrolina, por 2 a 2, e chegou aos seis pontos. O Baraúnas permaneceu com cinco e caiu para terceiro. O Ypiranga aparece em seguida, com quatro, e o Petrolina é o lanterna, com três.

Na próxima rodada, confronto de líderes do Grupo A3: o Campinense recebe o Horizonte no Estádio Amigão, em Campina Grande. Já o Baraúnas vai a Pernambuco, encarar o Ypiranga no Estádio Otávio Limeira. As duas partidas acontecem às 16h do próximo domingo. O Petrolina folga na rodada.
Primeiro tempo fraco e 1 a 0 para os visitantes

Nos primeiros 45 minutos, os dois times mostraram um futebol de baixo nível técnico. O Campinense, aparentemente ainda tentando se acertar com o novo esquema e com as mudanças promovidas pelo técnico Freitas Nascimento, não conseguiu levar perigo ao gol de Érico. E o Baraúnas passou a maior parte do tempo tentando segurar o 1 a 0 conseguido logo aos nove minutos de jogo.

O Rubro-Negro paraibano até teve mais posse de bola, mas tentava articular as jogadas de ataque e se perdia no aparente desentrosamento do time ou na dificuldade de assimilação do esquema 3-5-2. Charles Vágner, Anderson Paulista e Nino Paraíba eram os principais nomes na articulação do time, mas a bola não conseguia chegar redonda aos atacantes Warley e Potita.

A primeira jogada de perigo de jogo já resultou no gol do Baraúnas, aos nove minutos. Fabinho Cambalhota recebeu passe da esquerda e soltou a perna contra o gol de Pantera, que ainda tentou espalmar, mas não conseguiu. A bola acabou indo morrer no fundo da rede.

Depois disso, o Baraúnas até cresceu no jogo, mas o Campinense conseguiu retomar o domínio de posse de bola e, ao menos nesse quesito, foi superior. Mas o Rubro-Negro não conseguiu furar a retranca armada pelo time potiguar, que manteve a vantagem de 1 a 0 até o final da primeira etapa.

Campinense melhor, fim do jejum de Warley e final tenso

A Raposa voltou para o segundo tempo com duas alterações. Freitas Nascimento tirou Madson e Luciano Thandera e mandou a campo Adriano Felício e Renatinho. As mudanças deram mais força ao Campinense, que continuou com mais posse de bola e chegando com mais perigo ao gol do Baraúnas.

Mas a retranca só foi quebrada definitivamente aos 12 minutos. E numa penalidade máxima. Warley recebeu cruzamento e quando subiu para cabecear foi deslocado por Róbson Lima. O árbitro baiano John Alves Bispo marcou pênalti. O próprio Warley foi para a cobrança e tocou bem, no canto direito de Érico, que caiu no esquerdo. Era o empate da Raposa.

O Campinense ainda chegou com perigo em cobrança de falta de Renatinho Carioca. E o Baraúnas tentava chegar ao gol de Pantera nos contra-ataques, mas sem muita eficiência. Os donos da casa eram melhores em campo e traduziram essa superioridade aos 29 minutos, quando Charles Vágner desviou de cabeça um cruzamento de Renatinho e virou o jogo.

Pouco antes dos 45 minutos, chegou ao Amigão a informação que o Petrolina, que estava perdendo por 2 a 0 para o Horizonte, havia empatado a partida. O resultado dava ao Campinense a liderança do grupo. A torcida pediu desesperadamente o fim do jogo, mas ainda havia dois episódios importantes a acontecer.

Aos 46, Warley, que já tinha recebeido cartão amarelo no primeiro tempo, por reclamação, voltou a engrossar com o árbitro e recebeu o vermelho. O atacante desfalca o time na próxima rodada. E aos 48, Maxuel, que tinha entrado no Baraúnas durante a segunda etapa, caiu na área do Campinense e deixou todos atônitos em campo. O jogador começou a sofrer convulsões no gramado e uma ambulância entrou em campo para atender o jogador, que foi levado direto para um hospital de Campina Grande.

Logo depois que o jogador foi retirado de campo, a partida foi reiniciada, mas não havia mais tempo para nada. Aos 51 minutos, o árbitro apontou o centro de campo e o Campinense se tornou o novo líder do Grupo A3 da Série D do Brasileirão.

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