Raposa e Dragão empatam sem gols no interior mineiro

galomonteirense | segunda-feira, maio 21, 2012 |

Cruzeiro e Atlético-GO estrearam no Brasileiro de 2012 com um empate sem gols, neste domingo, no Parque do Sabiá, em Uberlândia. As duas equipes fizeram uma partida com pouca técnica, mas muita garra de ambas as partes. No entanto, a gana não foi suficiente para colocar a bola nas redes.

Na estreia de Celso Roth no comando do Cruzeiro, quem brilhou foi o goleiro Roberto, que fechou o gol dos goianos. O Cruzeiro ainda viu um gol ser anulado e teve o atacante Anselmo Ramón expulso.

Pela segunda rodada, dando continuidade ao torneio nacional, os goianos, no Serra Dourada, encaram a Ponte Preta, no sábado. No mesmo dia, os celestes vão até Recife, nos Aflitos, encarar o Náutico, às 21h.

O JOGO
O Cruzeiro começou melhor a partida, pressionando mais a equipe do Atlético e rondando a meta de Roberto. Aos oito minutos, os dois jogadores criativos da Raposa tabelaram. Souza e Montillo trocaram passes e a bola sobrou limpa para o meia brasileiro, que finalizou muito mal. No lance seguinte, os goianos responderam. A zaga celeste parou, Bida dominou no peito, dentro da área, mas chutou sem direção. Susto para os torcedores cruzeirenses no Parque do Sabiá.

A partida seguia a todo vapor, com chances sendo criadas pelos dois times, graças a um sistema defensivo ineficiente. Por causa dos problemas na marcação, várias faltas eram cometidas, gerando algumas boas oportunidades em cobranças de falta. Se pecava pela qualidade técnica baixa, o confronto agradava na emoção. Após domínio cruzeirense nos primeiros minutos, os goianos igualaram o ímpeto ofensivo e faziam o goleiro Fábio trabalhar. Bida, aos 19, se livrou da marcação e chutou firme de fora da área, o arqueiro mineiro mandou para escanteio.

O Cruzeiro sofria para sair para o jogo. O lateral-direito Marcos fazia uma partida pífia, errando passes em demasia e se posicionando de forma sofrível na marcação. Pela esquerda, Marcelo Oliveira, improvisado na ala, ainda se adaptava à nova função, chegando a errar até mesmo uma simples cobrança de lateral. Sem a chegada pelos flancos, a Raposa arriscava em cobranças de falta. Aos 38, Amaral levantou a bola na área e Victorino marcou, mas o auxiliar assinalou impedimento e anulou o tento. Aos 41, a Raposa fez boa trama, em jogada individual de Montillo, mas Everton chutou em cima de Roberto, na sobra, Charles mandou em cima do zagueiro.

ETAPA FINAL
O técnico Celso Roth orientou o Cruzeiro a voltar com mais pegada no meio de campo e aproximou Souza e Montillo, para ver se jogadas mais criativas eram produzidas. A estratégia fez com que os celestes tivessem mais posse de bola, mas os erros de posicionamento e passe prejudicavam qualquer tentativa mais aguda dos mineiros. Wellington Paulista, sozinho na frente, também não conseguia segurar a bola no ataque, necessitando de mais apoio no setor.

Melhor armado defensivamente, o Dragão não deixava a bola sequer chegar ao goleiro Roberto. O camisa 10 Bida era o principal jogador na partida, infernizando a vida dos volantes da Raposa. A postura acomodada dos cruzeirenses irritou a torcida, que pedia, aos berros, mais raça. Os pedidos do torcedor foram atendidos e o Cruzeiro passou a chegar mais. Diego Renan, aos 17, fez boa jogada pela direita e cruzou para Paulista, que finalizou no contrapé de Roberto, que fez linda defesa. Três minutos depois, foi a vez de Souza mandar a bola para área, Wellington Paulista, de novo, cabeceou e a bola passou raspando a trave.

O Cruzeiro passou a comandar as ações na partida. Aos 28, após bate-rebate na área atleticana, Souza pegou o rebote e mandou uma bomba de longe. A bola passou muito próxima. A Raposa era melhor no segundo tempo, mas não conseguia traduzir esse domínio em gol. Com os celestes melhores no jogo, o atacante Anselmo Ramon perdeu a cabeça e discutiu com o bandeira. O árbitro não pensou duas vezes e expulsou o centroavante. O cartão vermelho trouxe a confiança de volta aos goianos, mas a falta de qualidade na finalização impediu que o zero saísse do marcador.

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