Carpegiani assume hoje o Vitória-BA

galomonteirense | quinta-feira, maio 17, 2012 |

Se estiverem regularizados junto à Confederação Brasileira de Futebol, o lateral-direito Carlinhos, ex-São Domingos de Sergipe, e o meia-atacante Eduardo Ramos podem estrear pelo time do Vitória na largada da Série B do Campeonato Brasileiro, sábado, contra o Grêmio Barueri, em São Paulo.

O técnico Paulo César Carpegiani começa a trabalhar na reapresentação dos jogadores esta tarde, no CT da Toca do Leão, e dirige o rubro-negro contra os paulistas na estreia da 2ª Divisão 2012.

Carlinhos não é a melhor, mas, literalmente, a única opção do Vitória pra a lateral-direita, com as contusões de Nino Paraíba, Romário e Léo, os dois primeiros operados e fora dos planos por muito tempo, e o último com luxação na clavícula. No meio-campo, Uellinton volta à frente de zaga, mas Eduardo Ramos deve ganhar a posição que ontem foi de Mineiro no meio-campo.

O técnico Ricardo Silva, que se despediu ontem do comando do time do Vitória, lamentou os gols desperdiçados, mas disse que o fato de não sofrer gols em casa é uma vantagem para o jogo de volta, na quarta-feira, no Paraná. O treinador lembrou o grande número de desfalques, jogadores como Uellinton, Pedro Ken e os três laterais, e valorizou a determinação do time. “Não era dia de fazer gols, não foi o dia do artilheiro Neto”, disse Ricardo.

O treinador admitiu o risco com a escalação de Neto Coruja e Mineiro, mas voltou a lembrar que não tinha outras melhores opções para começar jogando contra o Coritiba. Paulo César Carpegiani assistiu ao jogo do camarote da diretoria, e não desceu para conversar com a imprensa após o empate, para falar sobre o que viu da equipe que ele dirige a partir de hoje.

O técnico Paulo César Carpegiani, 63 anos, foi apresentado ontem pela manhã no CT da Toca do Leão. Assistiu ao jogo de ontem à noite contra o Coritiba, no Barradão, e esta tarde assume oficialmente a direção do time do Vitória para o jogo de estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, sábado, contra o Grêmio Barueri, em São Paulo.

Na primeira passagem pelo rubro-negro, Carpegiani obteve 56,5% de aproveitamento, mantendo a equipe por 16 rodadas no G-4 da Série A, e saiu na 7ª colocação. Foi campeão baiano e chegou às quartas de final da Copa do Brasil.

“É uma satisfação toda especial. Antes de mais nada, queria dizer que, sem ser petulante ou arrogante, eu tenho uma peculiaridade: desde quando iniciei meu trabalho de treinador só trabalho onde me sinto bem e tenha a condições de escolher. Se estou aqui é porque estou querendo, em primeiro lugar”, disse Carpegiani ao iniciar a coletiva, deixando claro seu objetivo de não polemizar suas “idas e vindas” à Toca do Leão neste início de ano.

“São duas situações bem claras porque escolhi o Vitória.

Modestamente, recebi alguns convites da Série A, mas eu tive uma situação, que é um projeto que estava negociando e ainda existe uma possibilidade. Mas eu não vou revelar neste momento.

Quando isso for realizado, vocês saberão, é uma meta minha que somente iria terminar em 2014. Se for realizado, será conjuntamente.

A torcida pode ficar tranquila que irei cumprir religiosamente o contrato com o Vitória. Pesou bastante na minha escolha o carinho que tenho pela torcida, gostei muito de Salvador, principalmente do time do Vitória, aqui tem pessoas seríssimas.

Dificilmente você encontra a seriedade que tem o presidente do Vitória (Alexi Portela Júnior), meu grande amigo Raimundo (Queiroz), que aprendi a gostar, e me sinto à vontade. Eu devo tudo ao futebol, mas não troco a minha família pelo futebol. Tive problemas, mas, graças a Deus, foram superados, e neste momento dei a preferência ao Vitória”.

O treinador volta a assumir o time rubro-negro depois de boa passagem em 2009, quando foi campeão baiano, chegou às quartas de final da Copa do Brasil, e no Campeonato Brasileiro ficou 16 rodadas no G4 e saiu com o time na sétima colocação.

“Em termos de tradição, eu não vejo nenhum menosprezo. A tradição de um Vitória não pode ser menosprezada de forma nenhuma pela sua grandeza, pela sua torcida. O Vitória, momentaneamente, está numa situação incômoda. Um grande desafio”, admitiu o treinador, que este ano dirigiu o São Paulo.

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