Bahia empata com o mistão do Santos

galomonteirense | segunda-feira, maio 21, 2012 |

Tudo igual no duelo dos campeões estaduais: debaixo da forte chuva que caiu na noite deste domingo, 20, em Pituaçu, o Bahia foi ligeiramente superior ao time reserva do Santos, mas não conseguiu evitar o empate sem gols que marcou a sua estreia na Série A do Campeonato Brasileiro 2012.

Apesar da enorme quantidade de água despejada das nuvens no último final de semana em Salvador, a boa drenagem do Estádio de Pituaçu isentou as duas equipes das poças de lama que normalmente se formam nos gramados em jogos com fortes chuvas. A nulidade de gols, portanto, deveu-se à incapacidade dos dois times de aproveitar as chances que criaram.

Ciente de que o Santos entraria em campo sem os seus principais jogadores, por conta de um compromisso iminente na Taça Libertadores da América, o técnico tricolor, Paulo Roberto Falcão, deixou para trás o esquema com três volantes e voltou a utilizar dois meias de armação, com Morais novamente como titular. No ataque, sem o ainda contundido Souza, o treinador sacou Júnior e lançou mão de Ciro.

Mas o seu time, embora tenha apresentado uma boa movimentação, fez um primeiro tempo apenas burocrático. Na segunda etapa, o Esquadrão adiantou a sua marcação e foi para cima do Santos, mas pecou nas finalizações e deixou de somar mais dois pontos na tabela de classificação. O time santista ainda reagiu no final e, em duas chances criadas pelo atacante Borges, chegou bem perto de sair de Salvador com a vantagem no placar.

O empate no jogo de estreia levou Bahia e Santos, com um ponto conquistado ambos, a dividirem a 11ª colocação com Atlético-GO e Cruzeiro, que também empataram sem gols. Pela Série A, o Bahia volta a campo às 16h do próximo domingo, 27, contra o São Paulo, no Morumbi. Antes, às 21h da quinta-feira, 24, encara o Grêmio pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil.

Início apenas movimentado - A falta de gols no primeiro tempo de jogo em Pituaçu não foi justificada pela chuva incessante: graças ao bom sistema de drenagem do estádio, a bola rolou normalmente e as duas equipes puderam apresentar o que tinham de melhor para oferecer, dentro das suas próprias limitações. O jogo correu solto, mas faltou grandes lances de perigo.

Pelo lado tricolor, Falcão deixou para trás o esquema com três volantes que utilizara nas três partidas anteriores e lançou mão de mais um meia: o contestável Morais. O meio campo apresentou melhor articulação, mas os laterais não acompanharam e pouco produziram. O time reserva do Santos, por sua vez, deixou evidente que carece ainda de entrosamento, mas, ainda assim, teve melhores chances de marcar.

O Peixe levou perigo aos 11 minutos: Bernardo cobrou escanteio e o zagueiro David Braz, que seria substituído minutos mais tarde, carimbou a trave de Lomba com uma cabeçada forte. Um minuto depois, Bruno Rodrigo aproveitou outro escanteio de Bernardo e mandou a bola na rede pelo lado de fora.

A melhor chance tricolor aconteceu aos 17 minutos: Gerley cobrou falta da entrada da área e obrigou Aranha a dar rebote; na sobra, Fahel isolou. Daí em diante, as duas equipes correram mais do que jogaram e as defesas de ambas sobraram em campo e anularam as investidas de ataques.

Faltou o gol - A história do tricolor no jogo começou a mudar quando Morais arriscou um chute sem direção, aos três minutos da segunda etapa, e reclamou de dores na coxa. Aos seis, Magno entrou em seu lugar e deu outra cara ao setor de criação da equipe. O Santos se intimidou e passou a se fechar em seu campo de defesa.

Ciro recebeu lançamento de Fahel, aos oito minutos, e mandou um chute forte e rasteiro, mas Aranha se esticou e mandou para escanteio. Três minutos depois, Magno limpou jogada na intermediária e mandou um chute perigoso; para fora. Aos 19, em jogada aérea, a melhor do Bahia na temporada, Gabriel cobrou falta na área e Rafael Donato cabeceou forte, mas mandou por cima.

Aos 28, o Esquadrão chegou muito perto de marcar: Fahel tocou para Magno, que deu um passe brilhante por cima da marcação santista e serviu Júnior; o atacante emendou um chute de primeira e mandou rente ao travessão de Aranha. Três minutos depois, Magno fez jogada individual pela esquerda e chutou cruzado, mas Aranha fez boa defesa. O meia Gabriel, que até então era apenas discreto no jogo, fez boa jogada na intermediária, aos 35, e finalizou de canhota; Aranha espalmou e Zé Roberto somente não completou porque o árbitro marcou impedimento.

Em seguida, o Bahia permaneceu no campo de ataque, mas foi o Santos quem ofereceu mais perigo: aos 40, Borges recebeu lançamento e chutou rasteiro, mas mandou ao lado da meta de Lomba; aos 45, o camisa 9 do Peixe ganhou disputa com Rafael Donato e, da entrada da área, tentou encobrir Marcelo Lomba. O chute, porém, saiu e a bola saindo pela linha de fundo decretou o empate. 0 a 0 para o Santos.

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