Sport segura 0 a 0 contra o Náutico e decide o Pernambucano
Sem empolgar o torcedor que compareceu em pequeno número à Ilha do Retiro (menos de 20 mil pagantes), e sem nenhum lance de efeito, o Sport segurou o empate por 0 a 0 diante do Náutico e garantiu sua vaga na decisão do Campeonato Pernambucano. Na primeira partida, nos Aflitos, o Leão tinha vencido o Timbu por 2 a 1.
Depois de um primeiro equilibrado, em que o Náutico exerceu forte marcação, mas pecou nas finalizações e no último passe, o Sport conseguiu equilibrar e suportar a pressão alvirrubra. Auremir, marcador individual de Marcelinho Paraíba, impediu qualquer possibilidade de o Sport aumentar a vantagem nas semifinais do Estadual.
O adversário da decisão sairá do confronto entre Salgueiro e Santa Cruz, que será realizado na segunda-feira.
O Jogo – O Náutico partiu para cima do Sport desde os primeiros minutos de bola rolando, consciente da desvantagem que trouxe do estádio dos Aflitos. Ameaçador, o Timbu quase abriu o placar aos dois minutos do primeiro tempo, quando Moacir errou na saída de bola e deu espaço para Derley fazer o cruzamento. Antes que a bola encontrasse os atacantes alvirrubros, Edcarlos fez o corte preciso.
Ainda no campo de ataque, o Timbu marcava a saída de bola do Sport, mas não conseguia impedir o despertar de talentos individuais, como na tabela entre Marquinhos Paraná e Naldinho que deixou Jheimy na cara do gol, mas o popular “Shrek” errou o alvo e perdeu a chance de abrir o placar em uma das raras oportunidades do Leão na etapa inicial.
Marcelinho Paraíba, principal nome e artilheiro do time do Sport nesta edição do Campeonato Pernambucano, era marcado individualmente pelo jovem Auremir, que não dava espaço para o camisa 10 adversário se movimentar. A fonte de jogadas do time da casa era anulada e os atacantes não viam a cor da bola. Com três volantes e o armador anulado, o Sport não se movimentava.
O clássico passou de domínio do Náutico ao equilíbrio a partir do momento em que Derley e Ramón não conseguiram mais acertar o pé na troca de passes. Nas poucas vezes em que deu certo, o goleiro Magrão temeu debaixo da meta. Aos 28 minutos, Siloé recebeu passe da esquerda, mas bateu na rede pelo lado de fora.
Nos minutos seguintes, mais pressão do Timbu: aos 31, Ramon bateu forte, de fora da área, para boa defesa de Magrão. Quatro minutos mais tarde, aos 35, Jéfferson desperdiçou uma cobrança de falta que poderia dar vantagem ao time do técnico Alexandre Gallo.
Com Jael no lugar de Jheimy, o Sport teve mais movimentação no campo de ataque na etapa complementar, mas continuou dependendo da inspiração de Marcelinho Paraíba. Aos dois minutos, em cobrança de escanteio fechada, quase marcou diante do assustado Gideão – a bola bateu no travessão. Em cobrança de falta aos onze, o “Cruel” quase mostrou a que veio.
Desmotivado, o Náutico não criou boas oportunidades no segundo tempo, mas chegou a balançar as redes aos 33 minutos, quando Auremir abandonou a marcação de Paraíba para deixar Souza livre na pequena área para dominar e bater forte, em impedimento, para o fundo do gol. Não valeu nada. Na sequência desse lance, Naldinho foi expulso e o Sport ficou só na marcação, à espera do apito final. Aos 48 minutos, com o último ato de Sandro Meira Ricci trilado, o Sport estava na final do Campeonato Pernambucano.
Category: Coluna - Luiz Garcia